E vieram a Ele com uma mulher

João 8.3–11


Há momentos em que alguém é levado à presença de Cristo não por fé, mas por vergonha. Assim aconteceu com a mulher apanhada em adultério. Ela foi trazida diante de Jesus, não para ser restaurada, mas para ser usada como instrumento de armadilha pelos religiosos do seu tempo. Contudo, diante do Senhor da graça e da verdade, o encontro que começou em acusação terminou em libertação.

O texto de João 8.3–11 revela um dos retratos mais belos da misericórdia de Cristo. Enquanto os fariseus e escribas se aproximam com pedras nas mãos, Jesus se aproxima com perdão. Onde o mundo via culpa, Ele via possibilidade de restauração.


O pecado exposto e a hipocrisia revelada

“Então os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério, e, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada no próprio ato de adultério.” (João 8.3–4)

Os líderes religiosos interrompem o ensino de Jesus trazendo uma mulher em total humilhação pública. A lei mosaica de Levítico 20.10 previa a pena para o adultério, mas o texto exigia que ambos fossem julgados. Aqui, apenas a mulher é exposta. O homem é omitido. A cena revela a seletividade moral e o machismo da religião sem compaixão.

Eles não estavam interessados em justiça, mas em prender Jesus numa armadilha. Se Ele absolvesse a mulher, pareceria negar a lei. Se a condenasse, contrariaria a autoridade romana, que proibia execuções por iniciativa dos judeus. O objetivo era descreditar o Mestre.

Mas Jesus não responde de imediato. Ele se inclina e escreve na terra. O gesto misterioso interrompe a violência da multidão. Enquanto os acusadores falam, o Filho de Deus se cala. Quando a voz humana é cheia de ódio, o silêncio divino se torna juízo.


A resposta que desmonta os acusadores

“E, como insistissem, endireitou-se e disse-lhes: Aquele que dentre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela.” (João 8.7)

Jesus não contesta a lei. Ele a cumpre de modo perfeito, mostrando que o juízo pertence a quem é puro. O único que podia lançar a primeira pedra — o próprio Cristo — prefere estender misericórdia. A verdade divina revela que todos são igualmente culpados diante de Deus. Um a um, os acusadores se retiram, começando pelos mais velhos. O templo do orgulho é esvaziado pela consciência da culpa.

O Evangelho nos mostra que o pecado exposto de um revela o pecado oculto de muitos. Diante de Cristo, ninguém pode sustentar a aparência. As pedras caem das mãos quando a consciência desperta.


O encontro que muda destinos

“E Jesus, erguendo-se, vendo ninguém mais senão a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão os teus acusadores? Ninguém te condenou? Disse ela: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te e não peques mais.” (João 8.10–11)

O diálogo entre Jesus e a mulher é breve, mas eterno em significado. A pergunta de Cristo — “Onde estão os teus acusadores?” — ecoa como libertação. A graça calou a voz da lei. A mulher, que veio arrastada, agora permanece em pé diante do Senhor.

Jesus não justifica o pecado, mas oferece perdão. “Nem eu te condeno” não é relativização moral; é redenção. O perdão não anula a santidade. Pelo contrário, concede força para uma nova vida. “Vai e não peques mais” é o chamado para a transformação que só o encontro com Cristo pode produzir.


O significado espiritual

Essa passagem é o retrato da missão do Filho de Deus. Ele não veio para condenar o mundo, mas para salvá-lo (João 3.17). Onde a lei aponta o erro, a graça oferece cura. Onde a sociedade ergue muros de vergonha, Jesus abre portas de esperança.

A mulher representa todos nós. Fomos trazidos a Cristo marcados por culpa, cercados por acusadores visíveis e invisíveis. Mas no meio da praça da condenação, encontramos o olhar daquele que diz: “Nem eu te condeno”. Diante Dele, o passado é deixado no chão, e o futuro começa com um novo passo: “Vai e não peques mais”.


Conclusão

O texto não termina com aplausos nem com discurso público. Termina com dois personagens: Jesus e a mulher. Os acusadores se foram, as pedras estão no chão, e resta apenas a voz da graça. Assim é o Evangelho: ele nos deixa a sós com Cristo, não para destruir, mas para reconstruir.

Toda vez que alguém é trazido à presença de Jesus — seja pela fé, pela dor ou pela acusação — há a chance de um novo começo. A mulher veio forçada, mas saiu perdoada. Os fariseus vieram com pedras, mas saíram em silêncio. Todos foram confrontados, mas apenas quem ficou diante Dele conheceu a liberdade.

O mundo continua trazendo pessoas a Jesus para julgar. O Evangelho continua mostrando que Ele as recebe para salvar.

E vieram a Ele com uma mulher

João 8.3–11


Há momentos em que alguém é levado à presença de Cristo não por fé, mas por vergonha. Assim aconteceu com a mulher apanhada em adultério. Ela foi trazida diante de Jesus, não para ser restaurada, mas para ser usada como instrumento de armadilha pelos religiosos do seu tempo. Contudo, diante do Senhor da graça e da verdade, o encontro que começou em acusação terminou em libertação.

O texto de João 8.3–11 revela um dos retratos mais belos da misericórdia de Cristo. Enquanto os fariseus e escribas se aproximam com pedras nas mãos, Jesus se aproxima com perdão. Onde o mundo via culpa, Ele via possibilidade de restauração.


O pecado exposto e a hipocrisia revelada

“Então os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério, e, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada no próprio ato de adultério.” (João 8.3–4)

Os líderes religiosos interrompem o ensino de Jesus trazendo uma mulher em total humilhação pública. A lei mosaica de Levítico 20.10 previa a pena para o adultério, mas o texto exigia que ambos fossem julgados. Aqui, apenas a mulher é exposta. O homem é omitido. A cena revela a seletividade moral e o machismo da religião sem compaixão.

Eles não estavam interessados em justiça, mas em prender Jesus numa armadilha. Se Ele absolvesse a mulher, pareceria negar a lei. Se a condenasse, contrariaria a autoridade romana, que proibia execuções por iniciativa dos judeus. O objetivo era descreditar o Mestre.

Mas Jesus não responde de imediato. Ele se inclina e escreve na terra. O gesto misterioso interrompe a violência da multidão. Enquanto os acusadores falam, o Filho de Deus se cala. Quando a voz humana é cheia de ódio, o silêncio divino se torna juízo.


A resposta que desmonta os acusadores

“E, como insistissem, endireitou-se e disse-lhes: Aquele que dentre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela.” (João 8.7)

Jesus não contesta a lei. Ele a cumpre de modo perfeito, mostrando que o juízo pertence a quem é puro. O único que podia lançar a primeira pedra — o próprio Cristo — prefere estender misericórdia. A verdade divina revela que todos são igualmente culpados diante de Deus. Um a um, os acusadores se retiram, começando pelos mais velhos. O templo do orgulho é esvaziado pela consciência da culpa.

O Evangelho nos mostra que o pecado exposto de um revela o pecado oculto de muitos. Diante de Cristo, ninguém pode sustentar a aparência. As pedras caem das mãos quando a consciência desperta.


O encontro que muda destinos

“E Jesus, erguendo-se, vendo ninguém mais senão a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão os teus acusadores? Ninguém te condenou? Disse ela: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te e não peques mais.” (João 8.10–11)

O diálogo entre Jesus e a mulher é breve, mas eterno em significado. A pergunta de Cristo — “Onde estão os teus acusadores?” — ecoa como libertação. A graça calou a voz da lei. A mulher, que veio arrastada, agora permanece em pé diante do Senhor.

Jesus não justifica o pecado, mas oferece perdão. “Nem eu te condeno” não é relativização moral; é redenção. O perdão não anula a santidade. Pelo contrário, concede força para uma nova vida. “Vai e não peques mais” é o chamado para a transformação que só o encontro com Cristo pode produzir.


O significado espiritual

Essa passagem é o retrato da missão do Filho de Deus. Ele não veio para condenar o mundo, mas para salvá-lo (João 3.17). Onde a lei aponta o erro, a graça oferece cura. Onde a sociedade ergue muros de vergonha, Jesus abre portas de esperança.

A mulher representa todos nós. Fomos trazidos a Cristo marcados por culpa, cercados por acusadores visíveis e invisíveis. Mas no meio da praça da condenação, encontramos o olhar daquele que diz: “Nem eu te condeno”. Diante Dele, o passado é deixado no chão, e o futuro começa com um novo passo: “Vai e não peques mais”.


Conclusão

O texto não termina com aplausos nem com discurso público. Termina com dois personagens: Jesus e a mulher. Os acusadores se foram, as pedras estão no chão, e resta apenas a voz da graça. Assim é o Evangelho: ele nos deixa a sós com Cristo, não para destruir, mas para reconstruir.

Toda vez que alguém é trazido à presença de Jesus — seja pela fé, pela dor ou pela acusação — há a chance de um novo começo. A mulher veio forçada, mas saiu perdoada. Os fariseus vieram com pedras, mas saíram em silêncio. Todos foram confrontados, mas apenas quem ficou diante Dele conheceu a liberdade.

O mundo continua trazendo pessoas a Jesus para julgar. O Evangelho continua mostrando que Ele as recebe para salvar.